Casas Natura trazem experiências táteis e sensoriais aos visitantes
Postado em: 01 / 07 / 2010
Na entrada há um túnel de madeira e os visitantes são recebidos com aromas e borrifos de frescor
O que é o morar para o brasileiro? O que o faz se sentir em casa? Foi a partir dessas perguntas que a Epigram, empresa de comunicação e branding, e o escritório de arquitetura FGMF, de Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz, criaram o conceito das Casas Natura, localizadas nas cidades de Osasco/SP, Guarulhos/SP e São Paulo (bairros Santo Amaro, Vergueiro e Itaquera).
As duas empresas venceram um concurso fechado que tinha como meta criar um espaço destinado à experimentação dos produtos Natura, treinamento da força de vendas e reforço da marca. O nome ‘Casa Natura’ não é por acaso. A Natura tinha como premissa a criação de um espaço que não tivesse o aspecto de loja e que permitisse uma apropriação mais pessoal do espaço, estimulando o contato com os produtos e a compreensão da filosofia da marca.
As Casas são divididas em três áreas: Treinamento (quatro auditórios por Casa); Experimentação (onde se testam os produtos e assistem a vídeos explicativos) e Convívio (café, jardim e áreas semicobertas). As áreas avarandadas, pérgolas com jardins, espelhos d’água, decks e verde são elementos que se sobressaem à primeira vista. Conceitos de sustentabilidade foram aplicados ao projeto, reproduzindo uma preocupação já presente há muito tempo na própria orientação da marca Natura.
As Casas Natura são divididas em três áreas: Treinamento, Experimentação e Convívio
Com uma linguagem visual estrategicamente pensada, o projeto das Casas Natura apresenta ícones que facilitam a identificação do local. As casas possuem entre 700 e 1000 m2 e trazem na fachada de vidro, o Muxarabi, elemento tradicional da arquitetura mourisca e colonial que serve também como solução para o sombreamento interno e suave regulagem da entrada de luz.
Logo na entrada, em vez de portas comuns há um túnel de madeira. Nessa breve viagem, os visitantes são recepcionados por aromas e borrifos de frescor. “O intuito é fazê-los deixar o contexto da cidade para trás e envolvê-los com as cores, perfumes e lançamentos da Natura”, comenta Marcelo Bicudo, diretor da Epigram.
No interior a comunicação e a integração entre cada elemento, móvel, acessório e linha de produto, ganham destaque. “Todo o percurso foi pensado de maneira estratégica. A exposição da linha Chronos, por exemplo, está próxima às maquiagens, porque entendemos que há a necessidade de limpeza e cuidados com o rosto antes de se maquiar”, explica Bicudo. Além disso, a cada ciclo, as Casas serão revestidas pela campanha vigente, com banners, cartazes e peças promocionais.
Entre os outros ícones estão o Estante Natura com todos os lançamentos, o Balcão da Recepção de vidro com efeitos coloridos formados pelas várias edições da revista Natura, o Painel de Boas Vindas, a pedra portuguesa no piso e parede com revestimento em fulget.
Os produtos Natura são expostos seguindo uma sequência de uso
Além de provocar reações táteis e sensoriais, o espaço brinca e provoca a interação com o visitante. “Em um momento ele estará em contato com óleos trifásicos em um grande recipiente, em outro poderá deixar numa lousa metálica palavras sobre seu dia”, diz Bicudo.
As Casas Natura representam um novo conceito de negócio para construir conhecimento e envolver mais profundamente consultoras e consumidoras nos processos de trabalho realizado pela marca Natura, enaltecendo toda a sua preocupação com a responsabilidade social e a sustentabilidade do planeta.
É a primeira vez que a marca se aventura por um caminho diferente de relacionamento com a sua força de vendas ao longo dos seus 40 anos, e a ideia foi estabelecer uma sinergia horizontal entre arquitetura, visual merchandising e estratégia comercial para criar o instrumento ideal para essa nova abordagem.
