Siemens Software adota cloud computing em seu PLM

Postado em: 07 / 10 / 2010

Representação gráfica de uma cloud computing, que opera via Internet

Representação gráfica de uma cloud computing, que opera via Internet

Maria Edicy Moreira

A Siemens PLM Software, desenvolvedora  de software e serviços para o gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM), anunciou um acordo com a Microsoft Corporation para criar a primeira solução de PLM baseada em cloud computing ou computação na nuvem.

A principal vantagem da computação na nuvem é que as empresas não precisam mais ter os softwares instalados localmente, eles ficam nos servidores dos provedores de serviços  de cloud computing e são acessados via Internet de acordo com a demanda, dispensando assim a compra de caixas de software e investimentos em servidores de alta capacidade. 

Se levarmos em conta os esforços dos desenvolvedores para entregar cada vez mais softwares via cloud computing, nos próximos anos a compra de caixas de software deverá ser coisa do passado, inclusive para os softwares voltados ao design e projeto de produtos.

A solução da Siemens PLM Software utilizará a plataforma de serviços Microsoft Windows Azure para distribuir a aplicação da Siemens PLM Software, DPV (Dimensional Planning e Validation), mostrando como a cloud computing pode permitir que uma aplicação de gerenciamento da qualidade tenha ótimo custo benefício.

O DPV – um módulo do software Tecnomatix, suíte de soluções de manufatura digital – é o primeiro PLM da indústria baseado em sistema de controle de qualidade que permite a coleta, o gerenciamento, as análises e os relatórios em conjunto com os resultados de produção em tempo real, por meio da computação na nuvem.

O Tecnomatix DPV alavanca o software Teamcenter, sistema de gerenciamento do ciclo de vida do produto, da Siemens PLM Software, permitindo que o usuário integre suas informações da produção com os dados sobre a qualidade da produção em tempo real, no mesmo ambiente utilizado para gerenciar o produto, o processo e os dados de manufatura.

Cloud computing no PLM da Siemens ajuda melhorar a qualidade de produtos

Cloud computing no PLM da Siemens ajuda a desenvolver produtos melhores e mais rapidamente

A parceria entre a Siemens PLM Software e a Microsoft permite às duas empresas unir forças para criar um ambiente no qual o Tecnomatix DPV e o Teamcenter (um software de gestão do ciclo de vida do produto), ambos da Siemens PLM, sejam disponibilizados em nuvem com o sistema operacional de serviços de cloud Windows Azure, utilizando o banco de dados SQL Azure, também da Microsoft.

Isso permitirá que os usuários testem e demonstrem cenários, nos quais a força, a flexibilidade e o valor deste PLM podem ser entregues sem a necessidade de um sistema de TI completo interno. Uma vez validado, o resultado expandirá a disponibilidade de soluções PLM de qualidade e aumentará as opções de implantação de softwares por meio de um ambiente de software sob demanda, cloud computing.

Tecnologia PLM na nuvem

Além do projeto DPV-Azure, a Siemens PLM está engajada com a Microsoft em várias outras formas de alavancar a tecnologia de computação na nuvem (cloud compunting). Por exemplo, em 28 de junho de 2010, durante a Conferência Mundial Siemens PLM Connection, foi conduzida uma demonstração descrevendo a colaboração no desenvolvimento do produto na nuvem, utilizando a plataforma Windows Azure para compartilhar automaticamente informações sobre um produto em 3D usando o formato de dados no padrão JT e PLM XML, entre uma indústria e seus fornecedores.

“O poder e o potencial da computação na nuvem, devidamente aproveitado e utilizado, pode ter um impacto significativo na indústria de PLM,” disse Chuck Grindstaff, vice-presidente executivo de produtos e CTO da Siemens PLM Software.

“É por isso, que estamos trabalhando com líderes desse segmento, como a Microsoft, para explorar uma variedade de aplicações promissoras para tecnologia PLM na nuvem. Nosso relacionamento com a Microsoft permitiu à Siemens PLM Software ser a primeira do segmento a suportar o SharePoint, e agora a primeira fornecedora de software PLM a demonstrar conceitos de cloud computing na plataforma Windows Azure”, disse o executivo.  

Controle de qualidade feita com o auxílio do DPV do Tecnomatix

Controle de qualidade feita com o auxílio do DPV do Tecnomatix que usa cloud computing

Claud computing no PLM

O anúncio da parceria entre a Siemens PLM Software e a Microsoft representa um grande salto para os usuários das tecnologias PLM, um conjunto de softwaresque permite controlar todo o ciclo de vida do produto, desde a concepção até a sua retirada do mercado. São softwares de CAD, de simulação, gerenciamento de dados do produto, colaboração, modelamento de ambientes de fábricas etc.

O interessante é que a computação na nuvem, que começou sendo usada para aplicações simples como processadores de textos, planilhas, bancos de dados vem se sofisticando e passa a ser disponibilizada para os usuários dos sistemas PLM. Além da Siemens PLM, outras empresas do setor de tecnologias para design e projeto de produtos como a DS SolidWorks, Autodesk e PTC estão investindo em computação na nuvem.

O que é cloud computing

O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade.

O armazenamento de dados e programas é feito em redes de servidores  criadas especialmente para atender aos usuários de computação na nuvem. O serviço pode ser acessado pelos usuários de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou armazenar dados localmente. O acesso aos programas, serviços e arquivos é feito pela Internet – daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.

O Tecnomatix auxilia também no projeto e simulação de linhas de produção

O Tecnomatix auxilia também no projeto e simulação de linhas de produção

Em um sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas em um sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas um chip ligado à Internet – a “grande nuvem” de computadores — sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor).

Empresas como Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa “nuvem de informação” (information cloud), que especialistas consideram uma “nova fronteira da era digital”. Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos.

Brasil

No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem ainda é muito recente e está fora da realidade da maioria das organizações de médio e pequeno porte, pois a infraestrutura de telecomunicações do país é deficiente. Os primeiros testes foram implementados em 2007, sendo que somente em 2008 começou a ser oferecido comercialmente.

A empresa Katri foi a primeira a desenvolver a tecnologia no Brasil, em 2002, batizando-a IUGU. Aplicada inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurídicas Fonelista. Durante o período em que esteve no ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam comprovar a grande diferença de velocidade nas pesquisas proporcionada pelo processamento paralelo.

Em 2009, a tecnologia evoluiu muito, e sistemas funcionais desenvolvidos no início da década já passam de sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utilizando tecnologias como “índices invertidos” (inverted index). Hoje alguns provedores de Internet e empresas especializada já oferecem serviços baseados em computação na nuvem.

http://www.plm.automation.siemens.com/pt_br/

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