Concurso do IED desafia alunos a criar torneiras no Catia
Postado em: 18 / 11 / 2010
Maria Edicy Moreira
O IED (Instituto Europeo di Design), juntamente com a Deca e a Dassault Systèmes, premiou no dia 11 de novembro de 2010, em São Paulo, os alunos vencedores do Prêmio Deca–Dassault de Design. O desafio era desenvolver torneiras de luxo de acordo com um briefing da Deca, fabricante de louças e metais, utilizando o software CAD, Catia, da Dassault.
Douglas Couto foi o vencedor do concurso com a torneira Watter Fall. Ele se inspirou na própria água para dar forma às suas ideias. “Meu intuito era valorizar a água. Todo mundo pensa na torneira, mas se esquece da água que é o elemento mais importante. A água é natureza, é vida.” Assim, da inspiração trazida pela água surgiu a Watter Fall com formas orgânicas e minimalistas, combinando fluidez, inovação e tecnologia.
O 2º colocado foi Rafael Poiate e o 3º Thiago Ibitinga. Também participaram do concurso Giovanna Tozzi, Laila Szafran, Laydyane Matos, Maria Cecília Lapa de Carvalho e Maya Zaverucha.
Além do desafio de interpretar o briefing da Deca, os oito alunos participantes do concurso (estudantes do 1º e 2º ano do curso de desenho industrial do IED) tiveram duas semanas para aprender a usar o Catia e apresentar suas ideias.
“Os alunos estão de parabéns. Apesar do desafio contra o tempo, foi muito gratificante ver o resultado de suas criações”, disse o professor e coordenador adjunto do curso de Design de Produto do IED Felipe Garcia, responsável pelo acompanhamento dos alunos durante o desenvolvimento das torneiras
Segundo ele, ações como o concurso Deca–Dassault ajudam a estreitar a relação dos alunos com a indústria promovendo uma experiência real de mercado de trabalho, pois, os alunos lidam com as diversas áreas da empresa aprendendo a vencer e driblar os principais desafios de uma vida profissional. “Isso contribui para o amadurecimento dos alunos, que aprendem a projetar de maneira direta e objetiva, trabalhando com as limitações da indústria.”
As empresas patrocinadoras do concurso também saem ganhando. Valéria Godoy, diretora da Dassault Systèmes no Brasil, disse que o concurso de design no IED é muito importante para sua empresa que está empenhada em introduzir suas tecnologias nas escolas de design, pois, além de serem formadoras de opinião, elas estão formando profissionais que em breve estarão no mercado de trabalho.
Patrocinadores
Valéria observa que, além do design, o desenvolvimento de um produto depende de estudos para viabilizar sua produção e, os softwares 3D como o Catia da Dassault ajudam a conceber o design e fazer simulações para avaliar a viabilidade técnica do produto e suas funcionalidades. “Nossos softwares permitem ao designer chegar mais próximo de um produto viável, analisando o protótipo virtual ”, afirma Valéria.
A Deca também aposta em ações como o concurso do IED. “Quando fomos contatados para participar do Prêmio Deca–Dassault aceitamos porque iniciativas como essa são muito importantes para nós” disse Flávio Soares, diretor de marketing da Deca.
Segundo ele, a preocupação da Deca é contribuir para a formação de designers com experiência em ambiente industrial, trabalhando para que eles não vejam o design apenas como uma disciplina geradora de objetos de arte, mas também como instrumento para a criação de produtos funcionais, a preços acessíveis. “Há 15 anos, quando começamos a trabalhar efetivamente com design tínhamos dificuldade encontrar designers que desenvolvessem produtos com uma visão industrial, que entendessem os processos de fabricação.
Arthur Zanetti, diretor técnico da LWT, revenda da Dassault, disse que o objetivo da sua empresa e da Dassault é repetir a experiência no próprio IED e em outras escolas de design, aproximando outras indústrias dos estudantes para que usem o Catia no desenvolvimento de novos produtos, inclusive barcos e robôs. Zanetti cuidou do acordo entre Dassault, Deca e IED, e deu suporte ao treinamento dos alunos participantes do concurso no uso do Catia.
A experiência com o Catia
A experiência dos alunos participantes do concurso do IED com o software Catia deixou aquele gostinho de quero mais. Eles disseram que o software é bem mais difícil de usar do que o CAD 3D, Rhonoceros, que usam no IED, mas, por outro lado, é bem mais completo e traz mais liberdade de criação. “Só precisamos de mais treinamento.”
Conheça as ideias e esboços dos participantes do concurso