VW mostra E-Bugster elétrico, sucessor mais esportivo do Beetle

Postado em: 28 / 04 / 2012

O carro conceito elétrico, Volkswagen E-Bugster, é considerado o Beetle mais esportivo de todos os tempos

Maria Edicy Moreira

A Volkswagen apresentou no Salão do Automóvel de Pequim 2012, que acontece entre os dias 23 de abril e 02 de maio, o carro conceito E-Bugster, o mais novo sucessor do ícone automotivo, Beetle. O novo modelo é considerado o Beetle mais esportivo de todos os tempos. Agora a Volkswagen está mostrando, na estreia asiática em Pequim (China), como essa esportividade pode ser transferida para um Beetle com motor puramente elétrico. O E-Bugster  foi projetado especialmente para essa missão: um Beetle rápido, com dois lugares, 85 KW de potência, 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e emissão zero. Ainda assim, com as proporções muito bem definidas.

O E-Bugster aparenta ter muita potência, com suas formas precisamente esculturais

O E-Bugster aparenta  muita potência, com suas novas formas precisamente esculturais e orgânicas

O E-Bugster é um Beetle esportivo. Mede menos de 1.400 mm de altura, ou seja, 90 mm menos que o Beetle com teto rígido. E o modelo de produção aparenta ter muita potência, com suas formas precisamente esculturais. A largura do E-Bugster, 1.838 mm, aumentou 30 mm, enquanto seu comprimento (4.278 mm) é idêntico ao do Beetle de série normal.

O modelo elétrico apresenta um estilo muito singular, sob qualquer ponto de vista. Os detalhes de design da versão normal foram complementados por novos elementos de estilo  fazendo o novo carro conceito parece fundido em uma única peça, quando na estrada. Isso devido a algo muito simples. Ao desenvolver o modelo de série, apresentado em outubro de 2011, a equipe de design do Beetle levou em conta todas as possíveis variações para modelos futuros. E foi assim que surgiu um speedster com motor elétrico, o E-Bugster.

 

Dianteira e traseira do E-Bugster

À frente, o que mais chama a atenção no E-Bugster é o parabrisa largo e recuado e a área envidraçada até além das colunas dianteiras

À frente, o que mais chama a atenção é o parabrisa largo e recuado. A área envidraçada se estende lateralmente até um ponto além das colunas dianteiras. O E-Bugster, equipado com faróis de LED, também se diferencia do Beetle de série pelos parachoques. Os designers integraram as luzes de condução diurna à esquerda e à direita da tomada de ar central como faixas de LEDs em forma de C (naturalmente espelhadas no lado direito).

Desde que o e-up! (carro conceito) foi apresentado na Europa, esse formato de luzes de uso diurno tornou-se uma espécie de emblema dos estudos de veículos elétricos da Volkswagen. Esses elementos de estilo também aparecem, de forma diferente, como refletores no para-choque traseiro. A janela traseira do E-Bugster mostra que as aberturas traseiras de um speedster não precisam se restringir à visibilidade. Ela é extremamente larga.

Perfil lateral: Speedster

O E-Bugster tem janelas recuadas e teto baixo. Sob as caixas de rodas, tipicamente salientes, ficam os grandes aros derivados das rodas

O E-Bugster tem janelas recuadas, teto baixo e sob as caixas de rodas  ficam os grandes aros  das rodas

O E-Bugster tem janelas recuadas e teto baixo. Sob as caixas de rodas, tipicamente salientes, ficam os grandes aros de 20 polegadas, derivados das rodas “Twister” de 18 polegadas usadas no Beetle, equipadas com pneus 235/35 R 20. Entre as abas, há um “V” no flanco que é característica do mais famoso do modelo.

Da soleira lateral, os destaques são a grande superfície homogênea da porta e a linha de contorno acima da maçaneta, que parece ter sido cortada por uma faca. Apenas alguns centímetros acima desse ponto, o Beetle se converte em um speedster. Os designers alongaram a faixa cromada da moldura inferior da janela para a traseira. Ela agora vai (como ocorria no New Beetle Cabriolet) de uma à outra coluna dianteira.

A capota rígida do “Bug” alonga-se em um arco baixo, sobre esta linha cromada. Acompanhando o raio do teto – da forma típica de um speedster – está a borda superior das janelas laterais. A altura entre a borda cromada inferior da janela e a linha mais alta do teto é de apenas 400 mm. Como deve ser em um verdadeiro speedster.

Interior avançado

Assentos esportivos e um túnel central contínuo na cor da carroceria reforçam o caráter esportivo do E-Bugster

Assentos esportivos e um túnel central contínuo na cor da carroceria reforçam a esportividade

A combinação de alta tecnologia e comportamento dinâmico reflete-se também no interior do carro. Assentos esportivos e um túnel central contínuo na cor da carroceria reforçam o caráter esportivo do E-Bugster. O uso de alumínio nas maçanetas das portas e guias dos cintos e o estilo leve do volante também criam uma conexão direta entre o exterior e o interior.

Ligar o E-Bugster é uma experiência diferente: o botão de partida não ativa apenas o sistema de propulsão. Primeiro, o interior é mergulhado numa luz branca; logo a seguir, em uma luminosidade azulada. Tudo começa com um piscar de luz no painel de instrumentos. Dalí, a luz emana de uma fina linha luminosa, percorrendo a soleira das janelas das portas e contornando as aberturas de ventilação.

 

Visões tornam-se versões

Bugster? O nome parece familiar. É claro: Ragster! Foi em janeiro de 2005. Também em Detroit. Foi lá que a Volkswagen apresentou um New Beetle em versão speedster, com teto de tecido dobrável, o Ragster. Uma antevisão do design do Beetle do futuro. Mais largo, mais baixo, mais esportivo. Em 2005, a possibilidade de o conceito tornar-se realidade era expressa como: “É possível conceber qualquer coisa!”. Em 2012, houve um avanço: “É possível realizar qualquer coisa!”

A ideia levantada pelo Ragster em outubro de 2011 no atual Beetle produzido em série. E o que realmente significa o nome E-Bugster? Isso é fácil de explicar: uma combinação do identificador “E”, relacionado aos veículos elétricos, o apelido americano do Beetle, “Bug”, e o tipo de veículo, “speedster”, um biposto com capota aberta.

A energia para alimentar o motor elétrico é armazenada em uma bateria de íons de lítio cujos módulos são alojados atrás dos bancos dianteiros

A energia para o motor elétrico é armazenada em uma bateria de íons de lítio  atrás dos bancos dianteiros

Blue-e-Motion para um futuro mais limpo

O módulo elétrico central do E-Bugster tem um design inovador: pesa apenas 80 quilos. A energia para alimentar o motor elétrico é armazenada em uma bateria de íons de lítio cujos módulos são alojados atrás dos bancos dianteiros em uma posição estudada para economizar espaço. A capacidade da bateria, de 28,3 kWh, permite uma autonomia de pelo menos 180 quilômetros no trânsito urbano. Mesmo em um país enorme como os Estados Unidos, para a maioria dos motoristas essa distância é suficiente para deslocar-se até o local de trabalho e voltar para casa.

Como o carro da Volkswagen tem uma função de carga rápida, a bateria pode ser “reabastecida” em 35 minutos em estações de recarga especialmente adaptadas. A bateria do E-Bugster também pode ser recarregada em casa, a partir de tomadas domésticas de 120 volts, como as encontradas nos Estados Unidos, ou 230 volts, como na Europa. A conexão para o cabo de carga está localizada no mesmo local que o bocal do tanque de combustível nas versões tradicionais, próximo à coluna C.

Graças aos novos Sistemas de Carga Combinados, desenvolvidos em cooperação com os fabricantes alemães de automóveis Audi, BMW, Daimler, Porsche e Volkswagen, assim como os parceiros americanos Ford e General Motors/Opel, o E-Bugster pode ser “abastecido” por meio de uma conexão que utiliza qualquer das modalidades de carga disponíveis.  As possibilidades são:

*Carga por corrente alternada com uma fase

*Carga ultrarrápida em postos de recarregamento elétrico

Para que isso ocorra, será necessário criar um padrão único da indústria para os plugues de conexão dos futuros veículos elétricos, que será disponibilizado a todos os fabricantes. Essa padronização vai além do plugue: no Sistema de Carga Combinado, o controlador de carga e a arquitetura elétrica precisam ter capacidade de se adaptar a todos os tipos de recarga. Isso reduzirá os custos e simplificará a disseminação da mobilidade elétrica em todo o mundo.

Carregando a bateria nas frenagens

A quantidade de energia solicitada a cada momento ao pisar no acelerador do E-Bugster é indicada em um mostrador

A energia solicitada a cada momento ao pisar no acelerador do E-Bugster é indicada em um mostrador

A quantidade de energia solicitada a cada momento ao pisar no acelerador do E-Bugster é indicada em um mostrador. Os instrumentos também incluem um indicador de autonomia e um display que mostra o nível de carga da bateria. Outra inovação do E-Bugster é um instrumento que mostra a intensidade da regeneração da bateria. O termo regeneração refere-se à recuperação da energia na frenagem. Assim que o pé do motorista deixa o pedal do acelerador e começa a ocorrer desaceleração ou quando o carro é freado, a energia cinética que normalmente seria dissipada é convertida em eletricidade, que é armazenada na bateria. Isso aumenta a autonomia do E-Bugster.

A Volkswagen batizou a unidade de propulsão elétrica completa de Blue-e-Motion. Já em 2013, unidades com essa identificação entrarão em produção em veículos, como o Golf, por exemplo.

www.volkswagen.com.br

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