Marca do governo Dilma é criticada pelos designers

Postado em: 28 / 02 / 2011

 

Marca do governo Dilma é "evolução" da do governo Lula

Marca do governo Dilma que alguns consideram sem graça e sem elegância

 

Maria Edicy Moreira

Quando o assunto é a criação de marcas que irão divulgar a identidade e a cultura do Brasil ao redor do mundo o país ainda precisa evoluir e amadurecer. Primeiro foi a marca da Copa 2014, que teve a seleção da agência, África, e da marca criada por ela, por processos pouco claros e o resultado criativo foi bastante criticado.

Depois veio a marca da Olimpíada 2016. Temos de reconhecer que, ao contrário dos organizadores da Copa 2014, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e o COI (Comitê Olímpico Internacional) trabalharam com total transparência na hora de escolher a agência e a marca criada para a Rio2016. Mais de 100 agências de publicidade e escritórios de design participaram da seleção até chegar à vencedora, a Tátil Design. Porém, a marca apresentada levantou suspeita de plágio.

Os designers que  comentaram a marca da Rio 2016 para o BDxpert http://tiny.cc/i32t7  não acharam  isso relevante.  A maioria preferiu  elogiar o trabalho da Tátil, embora alguns vissem falhas no projeto. O problema é que sempre tem um “porém” quando se fala em marca para divulgar o Brasil ou um grande evento organizado pelo país. 

Marca do ex-governo Lula, que alguns consideram favela gráfica

Marca do ex-governo Lula, que alguns consideram favela gráfica

Agora é a vez da marca do governo Dilma, que segundo o Palácio do Planalto, é uma evolução da marca do governo Lula. Talvez por medo de gastar muito, ou por falta de uma estratégia, a equipe de Dilma encomendou a criação da marca ao diretor de arte, Marcelo Kertész, que trabalha na equipe do publicitário João Santana, ex-marqueteiro de Lula. O autor, segundo o Palácio do Planalto, doou a marca ao governo Dilma.   

Todos esses acontecimentos relativos às marcas que envolvem a cultura e a identidade do Brasil geram muitas críticas e debates, uma experiência saudável que eleva nosso processo democrático e certamente contribuirá para melhorar as futuras marcas que mostrarão a cara do Brasil ao mundo.

Assim, para estimular esse debate o BDxpert.com solicitou a alguns designers que escrevessem seus comentários sobre a marca do governo Dilma. São eles: Sylvio de Ulhôa Cintra Filho, do escritório de design que leva seu nome; Ronald Kapaz, sócio-diretor da Oz Design; Eduardo Braga, diretor de estratégias criativas da agência Pessoas Comunicação de Marcas e professor de gestão de marca e identidade corporativa da PUC-MG; Gilberto Strunck, diretor da Dia Comunicação; e o designer gráfico autônomo, Fernando Cortés.

Veja a seguir o que os designers pensam sobre a marca do governo Dilma Rousseff:

 

Sylvio Ulhôa Cintra

Sylvio Ulhôa Cintra

A nova marca lembra os adesivos dos tempos da ditadura

Sylvio de Ulhôa Cintra Filho

Seguramente você já ouviu em sua vida boas piadas. Elas são surpreendentes, inesperadas, inteligentes ou engraçadas. O design deve funcionar como uma boa piada só que, além de funcionar como uma boa piada, deve permanecer presente por meses ou anos, identificando de forma correta e simpática a instituição que o utilizou.     

No caso da marca do governo Dilma o que temos? Uma tipografia sem graça e sem elegância, uma sobreposição mal articulada de parte de nossa bandeira com a palavra BRASIL. Essa, seguramente, não é a melhor forma de o novo governo se identificar e se comunicar.

O design de marcas nacionais está repleto de sacadas inteligentes e surpreendentes, mostrando a capacidade brasileira da invenção, da originalidade e, acima de tudo, do senso da adequação entre a mensagem a ser transmitida e sua forma final.

Alguns poderão reclamar – Governo é coisa séria, não é para se transformar em uma piada bem sacada. – Nesse caso a marca do governo também pode ser criticada: uma tipografia pesada e bruta, sem elegância, sem correção e sem estilo, mal hierarquizada e composta. Lembrando, com tristeza, os adesivos do tempo da ditadura “BRASIL AME OU DEIXE”

Adesivo distribuído pelo Governo Federal nos tempos da ditadura

Adesivo distribuído pelo Governo Federal nos tempos da ditadura, resgatado por Sylvio Ulhôa

Sugerimos que o novo governo contrate um bom designer, uma boa equipe ou um bom escritório de design e comunicação. Afinal o Brasil possui muitos profissionais, que certamente encontrarão a forma adequada de identificar, personalizar e comunicar as mensagens do governo, pelo qual torcemos para ser bem sucedido.

 

Ronald Kapaz

Ronald Kapaz

O face lift funciona quando o original tem qualidade a ser refinada

Ronald Kapaz

Minha amiga Edicy me pediu para comentar sobre a “nova” marca do governo Dilma, e confesso que faço força para, novamente, olhar para mais uma oportunidade perdida de posicionamento das marcas deste país, que vai sendo desenhado na base de compadrios e linhas tortas.

Portanto, vou ser breve.

O que a identidade do governo Dilma nos diz, assim como aconteceu com a marca da Copa do Mundo, é o quanto uma marca, mesmo uma pobre marca, é reveladora e comunica. Aqui, o que se vê é o sinal da continuidade pretendida entre o governo anterior e o novo, na forma do que chamamos de “face lift” de marca: um redesenho, que tem como objetivo sinalizar permanência e pouca ousadia. Uma pequena mudança, enfim.

Não quero entrar no mérito da forma, comentando tipografia, cores e estrutura do desenho, que são pobres assim como o eram na marca de origem, a do governo Lula, uma lastimável sobreposição caótica de elementos, com resultado que se assemelha a uma favela gráfica. “Face lift” é um recurso que funciona, em marcas e na vida, quando a versão original tem alguma qualidade a ser refinada.

O que mais me chama atenção, aqui, é o que se perde, novamente, em termos de imagem de nação. Pela primeira vez na história deste país, uma mulher assume o mais alto posto do governo. Olho a nova marca e não vejo nada que possa retratar remotamente essa tão relevante singularidade, sinalizando outro jeito de agir, a presença do feminino que daria uma nova perspectiva ao exercício do poder. Um feminino que, quem sabe, não está na marca porque não está na realidade do momento ou do processo. As marcas, até as ruins, dizem muito.

 

Fernando Cortés

Fernando Cortés

Houve mudança para melhor, com tipografia mais bem resolvida, apesar de não ser inovadora

Fernando Cortés

Gostaria de em poucas linhas fazer uma análise técnica da nova identidade visual do governo Dilma. A identidade visual é claramente e amplamente divulgada como uma evolução da existente durante o governo Lula.

Observa-se que toda a estrutura de composição do logotipo foi mantida, sendo que o tipo utilizado anteriormente, alguma variável da fonte Myriad ou Frutiger foi redesenhado trazendo mais elegância à composição.

O redesenho é observado principalmente no arredondamento de todos os cantos das letras e na proporção agora utilizada. As letras “B”, “R” e “S” principalmente, possuem agora um desenho mais equilibrado e os vazios e respiros entre as letras uma harmonia em relação ao uso anterior. Claro que poderíamos dizer que essas separações ainda poderiam ser melhoradas como na distância entre o “B” e o “R” e entre o “I” e o “L”.

De qualquer forma, há uma busca pela simplificação, com refinamento, utilizando ao invés de cores chapadas, o uso de gradiente tanto nos tons de verde quanto no azul do círculo que reproduz um dos elementos construtivos da bandeira nacional. E é claro a simplificação observada é sem dúvida, a redução do número de cores, ficando a grade de cores da bandeira, exacerbando o conceito de nacionalidade.

Alguns dirão que a construção em cima dos elementos da bandeira não teve muita criatividade, mas claramente vê-se a intenção de movimento ao se deslocar o losango amarelo para fora da letra “A” como se esse pairasse acima, em uma composição de camadas e não limitado pela letra, inserindo dinamicidade ao conjunto.

Com relação ao uso da tipografia de apoio, me pareceu bem resolvido com o uso da mesma fonte da construção do logotipo, com o espaçamento entre caracteres bem pensado para a aplicabilidade nos diversos usos da identidade, como reduções e ampliações.

Para concluir, posso expressar que tecnicamente houve uma mudança para melhor, com uma tipografia mais bem resolvida, apesar de a simplificação do resultado não apresentar uma solução inovadora para o conjunto.

De qualquer forma, observo que talvez falte um símbolo, como um desenho gráfico-visual para representar o governo federal, como o desenvolvido para a campanha presidencial da então candidata Dilma. Símbolo que marcaria visualmente o caminho que o próprio slogan apresenta, País Rico é País sem Pobreza. 

 

Eduardo Braga

Eduardo Braga

Não gostei da marca, mas espero gostar do governo

Eduardo Braga

Uma marca de um governo não pode ser tratada apenas com um símbolo que identifique e transmita o discurso e o posicionamento de campanha. Não pode ser logomarca. (Não quero aqui abrir e ou discutir a utilização de terminologias em projetos de design, mas quero deixar claro que precisamos e devemos unificar nosso discurso.*1) Não pode estar apenas normatizada em um manual e ser aplicada como assinatura de exposição das ações governamentais de um determinado período.

Uma marca de um governo é a marca de todos que estão construindo este governo, de todos que acreditam e apóiam o plano de governo desta marca. E esse era o foco do discurso do governo anterior. Mas essa marca não estava presente em todas as palavras e ações. E se o novo governo se apresenta com uma evolução de todos os processos do anterior, a marca deveria discursar essa promessa e não somente ser uma “evolução” da passada, que efetivamente não cumpriu sua função em toda a sua extensão de comunicação.

A marca de uma nação deve ser construída envolvendo disciplinas diversas do design a antropologia cultural da economia a ciência política da comunicação ao direito. Deve promover a convergência de discussão e posicionamento de diversos setores sociais como os partidos políticos, ministérios, secretarias, sindicatos, associações, iniciativa privada e ter a participação efetiva do cidadão em sua construção e discurso, para que tenhamos o compromisso de marca em todas as esferas sociais.

A marca do governo Dilma deveria propor e estimular a construção de um processo de Nation Branding*2 efetvivo, pois temos todas as condições favoráveis nos próximos anos para viabilizar tal posicionamento e não discursar apenas o compromisso interno, pois, o mesmo tem uma relação de mão dupla de posicionamento e consolidação com as condições e variáveis externas.

A marca de uma nação não deve simbolizar o plano de um governo, mas o plano de Estado. A marca nacional deve ser construída por meio da identidade – como o país realmente é, da imagem – como o país é percebido e da comunicação – o meio pelo qual a identidade se transforma em imagem.

Entendo que já é hora de aplicar o design estratégico de marca para o país, que se busque a verdadeira experiência de marca. Pois, assim todos nós, cidadãos, seremos gerentes efetivos desta marca e não meros leitores do slogan da marca.

Não gostei da marca, mas espero gostar do governo e ver o slogan ser aplicado efetivamente.

*1. Leia o artigo do designer Bruno Porto, publicado na Revista ADG # 27 de fevereiro de 2003 http://paulocholla.org/blog/wp-content/uploads/2008/01/logomarca_brunoporto.pdf

 *2. Acesse www.isotipo.com.br

 

Gilberto Strunck

Gilberto Strunck

O conjunto ficou mais sóbrio, diria até que mais triste

Gilberto Strunck

Há séculos, reis, nobres e religiosos de vários países da Ásia e da Europa, já se utilizavam de símbolos que os identificavam e às suas propriedades e tropas. Esse hábito de se ter uma marca própria, um “DNA gráfico”, vem de longe e é próprio de todo ser humano (no mínimo com a sua assinatura).

Aqui no Brasil não é diferente, mas com o detalhe de que, por lei, o nome do executivo, Presidente, Governador ou Prefeito, não pode ser grafado junto com a “assinatura visual” do seu governo.

No Rio de Janeiro, por exemplo, por oito anos toda a comunicação do prefeito César Maia tinha por base a cor laranja. Quando o Eduardo Paes assumiu, em poucas semanas ele eliminou o laranja, que foi substituído pelo azul, em milhares de itens.

Do ponto de vista prático, para nós cidadãos, que pagamos essa conta, que não foi barata, não houve nenhum benefício, mas o novo prefeito deve ter ficado muito orgulhoso. Com a “sua assinatura”, ele afirmou o seu domínio, tomou conta da cidade.

Agora estamos presenciando o mesmo processo na transição do governo Lula para o de Dilma. Como nos foi massivamente comunicado pela propaganda da campanha eleitoral, Dilma é a continuidade de Lula, quase cogovernou com ele.

Assim, do ponto de vista conceitual, é natural que sua “assinatura visual” seja um redesenho da usada pelo Lula. Parecida, mas com alguns elementos que sinalizam a nova governante. Cores e slogan foram alterados. O conjunto ficou mais sóbrio, diria até que um pouco mais triste, mas não é esta a “cara da Dilma” quando a comparamos com a do seu antecessor?

No final, importante é que o que faz uma identidade visual ganhar força e se fixar em nossas mentes, a frequência com a qual somos submetidos à ela e à consistência na sua aplicação.

É mais eficaz o emprego frequente de um símbolo e logotipo pouco relacionados conceitualmente à marca que devem representar, segundo regras que são sempre cumpridas, do que o uso de elementos visuais que expressam o conceito da marca e têm um design maravilhoso, mas que são utilizados sem obedecer às normas que lhes garantam o rápido reconhecimento.

Quantidade, impacto e consistência são os fatores mais críticos para garantir o sucesso de uma identidade visual.

Saiba mais

Leia também aqui no BDxpert a reportagem sobre a escolha marca da Rio2016 http://tiny.cc/e7tf5 e os comentários dos designers sobre a marca do evento  http://tiny.cc/i32t7 

Veja ainda a reportagem sobre a escolha da marca da Copa 2014 http://tiny.cc/htihs

 

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Comentários (10)

 

  1. Sem comentários! rsrsrs

    Obs: acho que foi mais uma oportunidade familiar.

  2. pedrovidal disse:

    Por mais bizarra que a marca do governo anterior fosse, ela tinha algum mérito, pois havia um conceito por detrás dela que se sintonizava com o slogan. A nova conseguiu a proeza de acabar com este ponto positivo, assinar um slogan de gosto duvidoso e usar técnica visuais de “perfumaria” sem profundidade.
    Para mim, faz todo sentido o autor não ter cobrado pelo trabalho, mas não entendo o motivo do governo ter aceito este cavalo troiano.

  3. Vinicius Machado disse:

    Interessante ver todas as opiniões de grandes feras do mercado. Tenho receio, entretanto, em relação a esta cultura de crítica constante que os designers em geral carregam consigo. Não que não seja bom criticar, pelo contrário. Mas a cautela é necessária, já que sabemos que um projeto não tem apenas o dedo do designer. É fácil falarmos sem conhecer o briefing, o cliente, as condições em que foi feita a marca, o objetivo que o governo tem em usá-la, como será aplicada e apresentada, a quem deve atingir, etc, etc, etc.

    Ótimo post, só discordo da parte inicial falando sobre a marca das Olimpíadas. A história do plágio que não é plágio não destruiu o excelente trabalho da Tátil.

  4. Claudio Ari Ciacon disse:

    Concordo contigo Vinicius, e acrescento que muitos falam mal dos outros e não veêm o próprio rabo, ou aquilo que já fizeram para muitos clientes e que se vê é uma GRANDE DOR DE COTOVELO e muitas vezes uma GRANDE FALTA ÉTICA para com seu colega, porque gosto não se discute, e opinião acho que deve estar restrita a seu meio se bem que o que se pensa muitas vezes é melhor calar-se. Pelo menos é mais ético de que botar a boca no trombone, ainda mais quando o trombone é dos outros…..

  5. Claudio Ari Ciacon disse:

    Ainda, porque será que convidaram quem convidaram e não aqueles que tanto criticam???
    Será que voces são tão bons e conhecidos como tais? Pelo menos por eles e politicamente estão alinhados com a atual proposta que o povo elegeu?

  6. Roberto de Andrade disse:

    Boa noite a todos.
    Não concordo com o Vinicius. Este espaço foi aberto por este site, e os designers foram convidados a comentarem o trabalho.
    Outra coisa importante, a crítica é direcionada claramente para a marca, e não para o autor. Criticar a marca, pode significar criticar o cliente também, neste caso o segmento de comunicação do Governo.
    E as críticas estão todas elas fundamentadas, citando aspectos técnicos e conceituais diversos. Achei isso uma aula de design gráfico.
    Ainda, se eu tivesse a missão de criar esta marca, antes de aceitar eu deveria lembrar que eu estaria passível de críticas, até as não muito respeitosas, o que não é o caso aqui, na minha opinião.
    Sobre o trabalho, enquanto lia as avaliações, me ocorreu o por que da mudança da marca. Apenas por que mudou o Governo? Acredito que a marca do Governo deve ser alterada conforme se altera as características do país, sua mudança de posicionamento, sua forma de atuação dentro e fora do país, seu desenvolvimento econômico e principalmente sócio cultural, e conforme a evolução da cultura mundial também, como ocorre nas empresas, a marca da Pepsi não irá mudar se seu conselho ou até mesmo seu presidente também mudar.
    Neste caso acho que é relevante, pois o Brasil mudou bastante de 8 anos para cá, principalmente sua imagem no exterior, mas não entendo realmente a necessidade de nova marca a cada 4 ou 8 anos.
    Sobre o design, acho que as críticas acima disseram tudo. Me parece também, que justamente por tantas mudanças que o país passou na última década, merecria um estudo mais profundo, resultando em uma representação gráfica que refletisse melhor o novo momento que vive o Brasil, além do aspecto de termos a primeira presidenta na história, como comentou o Ronald, deveria ser considerado. Achei simples, no sentido de não carregar informações atualmente relevantes, não condiz com o slogan.
    Abs

  7. Roberto de Andrade disse:

    Apenas mais um comentário. No slogan, a palavra POBREZA está em um local nobre na leitura geral da marca. Foi o primeiro elemento que visualizei. E mesmo em local desprivilegiado, não acredito ser um bom termo para constar na marca, me parece que o Brasil luta para crescer buscando aspectos positivos para sua evolução, e acredito que a palavra POBREZA conflita com este momento.
    Abs

  8. Gustavo disse:

    eita Brasil sil sil…

    aprendam com este caso do governo Holandês, assistam:
    http://youtu.be/Px-qfyafiFg

  9. Ricardo Fedrizzi disse:

    Roberto, concordo plenamente, a palavra pobreza não deveria estar no slogan.

  10. Luiz Claudio Gomes disse:

    Caro Kapaz, cuidado com termos tão delicados como “favela” (favela gráfica).
    Sylvio Ulhôa Cintra, não força (semelhança com período de ditadura, simplesmente pelo ufanismo das cores nacionais, é demais).
    Parabéns Gilberto Strunk pela postura sempre profissional (e cidadã).

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